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A 25 de junho de 1985, o Diário Oficial da União publicava o Manifesto.

A 25 de junho de 1985, o Diário Oficial da União publicava o Manifesto, o Programa e os Estatutos de um novo partido político brasileiro, fundado dois dias antes no Rio de Janeiro: o Partido Liberal (PL).


Conforme dizia o Manifesto de fundação, o novo regime que substituía o autoritarismo de 1964 não se poderia assentar sobre os partidos políticos do passado.


Já eram claros os sintomas da grave crise ética, social e econômica que comprometia a sociedade brasileira:

  • Confusão doutrinária dos quadros políticos, que se radicalizavam no socialismo agonizante ou no liberalismo capitalista reacionário.

  • Gravíssima crise ética, com o abastardamento da classe política, cada vez mais voltada para seus próprios interesses.

  • Flagrante injustiça social no país.

  • Ineficiência do Estado como produtor, e da administração pública, em geral.

  • Crise da escola brasileira, cada vez mais ineficiente.

  • O aviltamento progressivo da moeda e o aumento perverso dos níveis inflacionários.

  • O aumento do custo de vida e o violento arrocho salarial dos trabalhadores e da classe média, gerando escandaloso agravamento da disparidade na distribuição nacional de rendas.

  • Violência crescente nas cidades.

  • Degradação da qualidade de vida da população: escola, saúde e saneamento, transporte, habitação, alimentação e lazer.

  • Queda ameaçadora e constante dos níveis de emprego.

  • Pressão para o pagamento da dívida externa, sacrificando os índices de desenvolvimento interno e conduzindo à imperiosidade de renegociação.


PROPOSTAS

Os fundadores do PL propunham em seu Manifesto:

  • a) a Reforma Econômica e Social, pela valorização do trabalho e eliminação das desigualdades regionais; pelo salário justo e melhoria da qualidade de vida; pelo apoio à empresa nacional; pela criação de novos empregos e expansão do mercado consumidor interno;

  • b) a Reforma Tributária, que assegurasse a Estados e Municípios a possibilidade de desenvolver autonomamente seus planos regionais;

  • c) a Reforma Agrária, com a criação não somente de uma nova estrutura fundiária, mas também de uma infraestrutura de apoio à produção e à comercialização, à irrigação, à tecnologia da fertilização dos solos, às políticas de preços mínimos e de abastecimento;

  • d) a Reforma Urbana, definindo uma adequada política de ocupação do solo, sistemas de transportes e outros serviços públicos;

  • e) a Reforma radical dos sistemas de Educação e de Saúde, possibilitando, de um lado, não apenas acesso à escola, mas ao saber e ao conhecimento tecnológico moderno; de outro lado, assegurando ao povo padrões mínimos de higiene, saneamento e saúde pública, preventiva, ambulatorial e hospitalar;

  • f) outras reformas essenciais, destacando-se a do Poder Judiciário.


AÇÃO PARA O FUTURO


O Manifesto do Partido Liberal (PL), em 1985, previa a situação caótica a que se chegaria em alguns setores vitais da vida brasileira. Um deles, o da assistência à Criança, sobretudo quanto à alimentação e assistência à gestante e ao pré-escolar.

Outro era o da Previdência Social, para o qual defendíamos uma reforma “radical” de estrutura. O PL já condenava, à época, o tratamento iníquo que se dispensava a aposentados e pensionistas, defendendo reajustes que anulassem os efeitos da inflação.


O Partido moderno que surgia advogava novas formas de gestão da coisa pública, inclusive no tocante à necessidade de uma rigorosa legislação de proteção ao meio-ambiente e ao patrimônio natural, e à abolição da produção e consumo de produtos prejudiciais à saúde ou nocivos ao ecossistema.


No seu Manifesto, o PL relembra a importância da defesa dos direitos das Minorias, dentro da mais pura tradição do liberalismo.


Muito se poderá apreender do verdadeiro sentido e dos objetivos da Doutrina do Liberalismo Social, pela leitura atenta do Programa e do Manifesto de 1985.


Lá, com nitidez, já se proclamavam os pressupostos filosóficos, políticos e econômicos que serviriam de diretrizes de nossa ação política, parlamentar e administrativa no futuro imediato.


Desde então, o PL manteve coerência absoluta com o que foi aprovado e estabelecido. O Partido Liberal (PL) conviveu com a chamada — e finada — Nova República e concorreu às eleições executivas, parlamentares e presidencial no período de 1987 até os dias atuais.

Desde então o Partido Liberal e o número de identificação “22” foram registrados junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).


No ano de 2003 o então Partido Liberal (PL) promoveu a incorporação do Partido Geral dos Trabalhadores (PGT) e do Partido Social Trabalhista (PST).

Em 2006 o Partido Liberal (PL) e o Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA) se uniram e formalizaram processo de fusão aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral e criaram o Partido da República (PR).



No curso do processo histórico brasileiro já no ano de 2019, a agremiação, reiterando sua origem fundada no liberalismo, deliberou em Convenção Nacional, pela mudança de sua nomenclatura, tendo sido homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral a mudança da denominação do Partido da República (PR) para Partido Liberal (PL).

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